O Laboratório da Cidade (LdC) tem como pilares seu caráter experimental, inovador (laboratório), democrático e participativo (da cidade). Estes pilares estiveram presentes na metodologia da Primeira Chamada de Voluntários do Instituto. Nesse evento, os participantes puderam apontar problemas e propor ideias para nossas cidades e debateram seus achados através de um prisma propositivo, ao focar em como intervenções urbanas, tecnologias, arte, educação, estratégias de comunicação e direito poderiam contribuir para a construção de uma cidade mais humana e democrática.
Os dados deste encontro servirão de base para estruturar as próximas reuniões do LdC e foram tabulados usando as informações contidas nos formulários preenchidos pelos participantes e nos doze mapas mentais elaborados pelos grupos temáticos.
Ao todo, foram 87 formulários preenchidos por interessados em participar da chamada, sendo que 64 deles estiveram presentes no evento. O gráfico abaixo mostra a diversidade de ocupações do grupo, apenas arquitetos, advogados e geógrafos se repetiram mais do que três vezes, totalizando um terço dos inscritos. Estudantes universitários perfizeram 21,8% dos voluntários, demonstrando o interesse que o evento despertou no meio acadêmico. A principal curiosidade deu-se pela massiva presença de profissionais da arquitetura e urbanismo, já que 27,5% dos participantes eram formados ou estudavam arquitetura. Embora esses números demonstrem o profundo interesse dessa classe profissional com a temática urbana, esses mesmos números evidenciam a necessidade de se conscientizar nossa sociedade de que problemas urbanos não devem ser debatidos apenas por urbanistas, mas por toda a cidade.
No ato da inscrição, o participante indicava quais dos cinco grupos temáticos (intervenções urbanas, educação e arte, tecnologia e inovação, jurídico, e comunicação) gostaria de focar suas atenções, sendo que o mesmo poderia escolher mais de um desses grupos. 70% dos voluntários indicaram interesse em participar de projetos de intervenção urbana, enquanto que apenas 20% deles optaram por trabalhar com tecnologia e inovação.
Durante o evento sugerimos a produção de mapas mentais focados nas formas de solucionar esses problemas (por exemplo, como aplicativos podem melhorar a mobilidade urbana?), mas os grupos tiveram toda a liberdade para produzir suas conclusões. Ao final do processo, os doze mapas foram consolidados em dois: mapa de problemas e mapa de propostas.
Nossa primeira ação foi resultado direto desse encontro. A pracinha do Laboratório da Cidade, ou parklet, foi uma proposta presente em vários mapas mentais e que, por iniciativa do voluntário Hugo Shibata, estudante de Arquitetura e Urbanismo, e apoio do Belém Photos e Grupo Líder, saiu do papel como o primeiro parklet de Belém. Outro membro muito atuante é a voluntária Karla Braga, estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental, Karla tem um projeto de filtros de água de baixo custo para povos da Amazônia. Através da facilitação do LdC, Karla foi selecionada para o Water Innovation Lab, onde apresentou seu projeto e agora pretende difundir métodos e práticas sustentáveis de outras partes do mundo em Belém.
Esta foi uma breve análise dos dados que coletamos com nossos voluntários, o que você tem a dizer sobre isso?
Caso você queira se voluntariar ao LdC basta preencher este formulário.
Links para acessar os mapas em alta resolução: